Os estudos sobre o homem, estranhamento, alteridade, identidade, sistemas de organização social, categorias e classificações nativas: estes e outros temas foram explorados pela antropóloga Patrícia Martins na segunda aula do projeto Etnofotocaiçara. Ao traçar um panorama da antropologia pelo fio da história, Patrícia levou aos alunos, boa parte historiadores formados ou estudantes, noções de como o homem pensou o Outro no decorrer do tempo.
A leitura de trechos de textos como "O grande cículo", de Pierre Clastres e "A partida de uma expedição marítima", de Bronislaw Malinowski foram a base para as discussões que se seguiram acerca da escrita etnográfica. A leitura, feita em pequenos grupos, tinha como princípio a reflexão conjunta.
A proposta, assim, foi oferecer subsídios para a formação de um olhar antropológico que guiará as práticas de campo realizadas durante o projeto. E, como bem disse o antropólogo E. E. Evans Pritchard, trabalho de campo não se ensina, mas é passível de ser orientado por bons conselhos: então, a ideia da oficina foi que os alunos partissem para um experimento etnográfico, em uma caminhada do MAE até a Associação Mandicuera, na Ilha dos Valadares.
Ao chegarem, todos foram recebidos com quitutes caiçaras, para em seguida iniciar a escrita das observações feitas ao longo do caminho, apresentadas e debatidas com o grupo ao final da aula.
Os resultados desta primeira experiência poderá ser visto neste blog.
Aguardem!
Fotos: André Pinheiro
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