quinta-feira, 31 de março de 2011

Ilha dos Valadares: entre o tradicional e o contemporâneo


Chegando a Ilha dos Valadares, a primeira percepção que temos é a da ponte. Logo da ponte, pode-se observar elementos do cotidiano local. Ao longo da travessia se pode ver barcos, crianças brincando na beira do rio, e como elementos quase que indissociáveis a vegetação do mangue que se mistura as casas que beiram o rio. Durante a travessia várias pessoas vão e vêm, algumas a pé e grande parte delas de bicicleta. Quase ao fim da travessia um cartaz anuncia a oferta do supermercado local.


Ao chegar na ilha nos deparamos com uma praça central onde encontram-se várias pessoas sentadas nos bancos, algumas conversando, outras apenas descansando. Andando pela rua de terra avista-se um pequeno estaleiro onde dois meninos brincam junto a um cavalo e um cachorro que comem algo.


Mais à frente na estrada de terra, um cartaz que anuncia fretes, mistura-se à paisagem do mangue. O som que se ouve é do motor de carro misturado ao de um pagode que toca em um bar ao lado de um campo de futebol. O som do motor do carro logo se explica. Tentamos ajudar um grupo de homens que tenta desatolar um carro da lama. Um senhor empurra o carro, outros rodeiam o acontecimento com expressões de atenção. Quase nem somos percebidos. Conseguimos, “a união faz a força” comenta um deles conosco em agradecimento.


Continuamos nossa caminhada pela rua de terra e avistamos uma faixa que indicava protesto. Essa pedia ao prefeito que asfaltasse a rua.

Avistamos ao nosso lado esquerdo na varanda de uma casa um senhor e uma moça tocando cavaquinho. Mais a frente somos surpreendidos por um som que anunciava o carro de picolés, mas que na verdade era uma bicicleta. Percebemos a grande quantidade de bicicletas e motos com caixas de som fazendo anúncios do comércio local. Quanto mais adentramos a ilha mais vemos o verde da vegetação e menos os muros altos das casas. Estes aos poucos são substituídos por cercas madeira e de arames que indicam propriedades. Observamos ao longo do trajeto, elementos aparentemente contrastantes, mas que se misturam tais como o mangue e os barcos que aparentemente contrastam com os carros e as novas construções, mas que na verdade dialogam entre si. Como diz o pesquisador Antonio Carlos Diegues a tradição pode ser entendida como um conjunto de valores, e visões de mundo que é herdada por antepassados. Esta tradição é mutável é um processo pelo qual elementos da cultura chamada moderna são constantemente reinterpretados.

Entre mar e morro, impressões sobre a comunidade de Amparo


por Rogério Silva

A baia de Paranaguá é composta por dezenas de comunidades que abrigam famílias que ao longo do tempo estabelecem relações entre si e o pólo urbano mais próximo que é a cidade de Paranaguá. Dentre essas encontramos a comunidade de Amparo, distante meia hora de barco do centro histórico de Paranaguá e localizada a frente do porto D. Pedro II é uma estreita faixa de terra entre mar e morros. Fato comum as demais comunidades que já tive a oportunidade de visitar,é a tranquilidade, algo que se percebe ao se aproximar do trapiche de concreto que da acesso a entrada da comunidade.

O objetivo desse artigo não é ser meramente descritivo, ou jornalistico mas identificar na comunidade de Amparo assim como nas demais já visitadas e as que futuramente também serão, traço e características do modo de vida da população caiçara que habitam a baia de Paranaguá. Dentre esses traços a busca pelas relações de parentescos, sistema de economia, relações sociais e simbólicas, relações de divertimento e trabalho, assim como ritos e religiosidade.

A relações de parentesco seguem o padrão básico de família nuclear, observação extraída durantes as conversas com moradores com mesmo sobrenome. Essas famílias moram próximas, é como se fossem pequenos bairros, em uma parte da comunidade se concentram a família Rosário, mais ao centro a família Pereira, e também a família Martins, essas as mais numerosas que se pode perceber. As famílias dividem além da convivência as obrigações de trabalho, ao qual o tipo é comum a todos.

A economia da comunidade é baseada basicamente na pesca ao qual praticamente todas as famílias se dedicam a essa atividade. Outras formas de obtenção de recursos aparecem de maneira ainda tímida como por exemplo a exploração do turismo, percebe-se iniciativas como as da associação de moradores que através de uma cozinha comunitária promovem atividades gastronômicas que ocorrem regularmente aos finais de semana.

Na questão das relações sociais entre a comunidade se estabelece uma situação de muita tranquilidade, de acordo com relatos são poucos ou quase sem nenhum transtornos, apenas algumas disputas sem maiores dificuldades de solução. O divertimento na maneira que conhecemos nos espaços urbanos praticamente não existe, apenas em ocasiões especiais se realização festas promovidas pelas denominações religiosas que existem na comunidade ou pelo intermédio de ações externas. Não foi percebido dentre os relatos uma relação entre divertimento e trabalho, parece estar bem definidas as funções do trabalho e divertimento.

Como já mencionado anteriormente, a religiosidade esta fortemente presente entre os moradores. As denominações cristãs, como por exemplos a Igreja Católica e a igreja Batista são exemplos dessas religiões. Aparentemente convivem que forma pacífica, mesmo quando há divisão dentro de uma mesma família. São essas denominações religiosas que são responsáveis pelas poucas promoções de eventos que possam agitar a comunidade variavelmente. Um fato comum as demais comunidades caiçaras do litoral do Paraná, é a interferência das denominações protestantes com relações as tradições culturais, fatos que podem ser observados a seguir.

Em uma conversa breve porém agradável cercada de muita simpatia o Senhor Irineu arrumador aposentado natural da comunidade de Eufrasina e vivendo a 17 anos em Amparo nos descreve o seu tempo de juventude quando participava das festa de fandango e comenta: “ Nóis saia de Eufrasina pra dançar em quase tudo essas comunidades”, o que demostra que a cultura do Fandango de fato unia as comunidades em um mesmo sistema de divertimento e religiosidade, dado aos relatos do Senhor Irineu que também observou quando indagado sobre a Bandeira do Divino, que a mesma era aguardada como muita ansiedade. Outras pessoas como Senhor Hamilton do Rosário de 71 anos e seu irmão o Senhor Gilberto de 61, ambos moradores nativos da comunidade, também relatam sobre a época que o fandango e a bandeira faziam parte da vida cotidiana e ao serem perguntados se os mesmos gostariam do retorno dessas duas manifestações, ambos ficariam satisfeitos assim como demais moradores da comunidade. Todas as pessoas abordadas lamentam não ter mais as manifestações em seu modo de vida, falam com orgulho como em Paranaguá, mais precisamente em Valadares ainda existam grupos de fandango com bons batedores e tocadores de rabéca, viola e adufo, assim como bons versistas e cantadores.

Evidente que no conjunto das memórias as manifestações como o fandango e Bandeira do Divino ainda estão presentes, e isso pode ser o elo que venha a unir o passado e o presente para ações que incentivem a continuidade se não total pelo menos parcial dessa cultura


quarta-feira, 30 de março de 2011

“Bloco do Eu Sozinho”

por Gustavo Salgado


É domingo. Hoje é dia do tradicional banho à fantasia, que é realizado em Paranaguá. O ponto de partida do evento é o “La Barca”, lugar onde um dia já foi o Porto de Paranaguá, e hoje é onde os foliões e personagens começam a seguir os trios elétricos pelo centro histórico até o mergulho na Praça 29 de Julho.

Procurando Pierrot”
A principal característica do evento são os homens em figurinos femininos. Os foliões não se intimidam com o sofrimento causado pelo salto-alto. “É muito difícil de andar, mas a perna fica mais 'gostosa' com o salto”, justifica. E o traje, segundo ele, precisa ser completo. “Sandália de salto, meia arrastão, saia, top e sutiã para segurar os limões”, brinca.
Arthur Omar revela que o Carnaval é “esse momento propício para a liberação dos estados gloriosos”. Neste momento fotografo um folião embriagado fazendo pose feminina.



A Euforia”
O ato de fotografar o banho a fantasia, me lembra uma frase de autoria do fotógrafo Arthur Omar: “o carnaval como rito de passagem”. No meio de tudo isso, temas surgem em um piscar de olhos, nos revelando o êxtase estético, sensorial e social que o carnaval nos proporciona.
O som é alto nos alto falantes, que tocam marchinhas de outras épocas. Pessoas nas janelas de suas casas acenam e sorriem para os foliões. E neste momento, percebo que os problemas do cotidiano social da cidade estão mais presentes do que nunca, que não são inibidos pelas fantasias ou gritos de euforia, enquanto policiais “fiscalizam” as ações das pessoas, a todo momento. Uma senhora me chama a atenção ao “se dobrar” para catar latinhas, um homem que está caído ao chão poderia ter saído de um conto de Dalton Trevisan ou da música "De frente pro crime" (João Bosco), além de um folião/vendedor que carrega seu isopor, enquanto um menino me olha com um olhar de interrogação. 



Bloco do Eu Sozinho”
Isso me fez pensar no meu papel dentro daquela diversidade de comportamentos. Onde encontros e desencontros, amor e ódio, alegria e tristeza estiveram lado a lado por alguns momentos. É final de tarde, e vejo que agora o ânimo dá lugar ao cansaço, e as multidões oferecem passagem à solidão.



Ilha dos Valadares – A Experiência Etnográfica


por Gustavo Salgado


Através do texto do autor E.E. Evans Pritchard, há vários exemplos de “como e quando” se realiza a pesquisa de campo; tendo como educação e bom senso ao abordar e observar o “objeto de estudo”, a Ilha dos Valadares, região onde foi realizada a pesquisa e as fotografias. Através da simples observação podemos constatar que a própria sociedade somente mostra “aquilo que é de seu interesse” ou relevância (podendo contrastar com valores de outras sociedades), determinando a escolha do próprio tema a se estudar. Nesse contexto acredito que posso ter tirado algumas observações precoces em relação ao povo simples da região, tendo um pouco de dificuldade para descobrir o que possivelmente seria relevante para os nativos dos Valadares.
          Descobri que só o tempo determina isso, e sendo assim, me senti inserido principalmente quando nos deparamos com um senhor, que estava ensinando uma jovem a tocar cavaquinho. Educadamente pedimos para tirar uma fotografia daquele momento. Um pouco tímido o observador foi indagado pelo observado, se poderia “dar um tempo para ele retocar a maquiagem”. Foi um momento de risadas e descontração, e onde comecei a entender a relação de que, quanto mais se estuda uma sociedade, mais experiência e conhecimento se obtém sobre ela. A descoberta disso, é presenciar como as pessoas são literalmente ligadas a bares, futebol, música, carnaval, e principalmente em melhorar as suas perspectivas de vida.
         Conversei e conheci outras pessoas, como o simpático José de Oliveira, vendedor de pilhas, guarda-chuvas, controle remoto, há 30 anos na praça; as queridas Silvia e Otília, vendedoras de artesanato; Ademir Lopes que com maestria toca cavaquinho há 20 anos, que está ensinando há 6 meses Laísa; e ser convidado pelo pessoal da Escola de samba União da Ilha, que conta com 680 componentes, já existe há 12 anos, sendo campeã em 94, com o tema para 2011: “Por Amor a Paranaguá". Fomos recebidos por Janete Pedroso (diretora) e Rosenilda (presidente), 44 anos, que costura desde os 19 anos de idade.
Evans demonstra que a observação participante (literalmente ser/viver como eles), o antropólogo pode se encontrar em dois mundos mentais diferentes, tendo de aceitar a transformação dessa sociedade como algo natural em seu modo de agir e pensar (o que pode ser incompreensível para nós, pode não ser para eles – e vice-versa). Nesse ponto, vejo que todo fato pode agregar um novo conhecimento.
O papel de memorizar o que se vê e o que se ouve, é outro ponto importante para Evans, pois nesse caso, o ato de documentar os fatos, deve ser feito sozinho, analisando os fatos que presenciou. Desde a movimentação na ponte dos Valadares a fatos sociais, como criticas através de faixas de protesto pela falta de pavimentação, vi que muros eram um indicativo de que a segurança é um novo valor de auto preservação naquele local, além de várias pessoas estarem construindo ou terminando de erguer as casas; a ilha está em construção constante.
Fomos observados por estarmos em equipe, o que diferenciou a abordagem, além de invertemos os papeis, sendo os observados em questão (maquina fotográfica em mãos e anotações no caderno podem ter sidos os motivadores).
Algumas dificuldades de contatos com as pessoas podem influenciar a pesquisa de estudar o “outro” conforme Evans, pois as mesmas podem pensar que elas estão inseridas na visão de que são o selvagem, não civilizado, ou observado.
Para quebrar essas dificuldades aparentes, a procura pelo conhecimento do povo é um dos caminhos a se traçar para a possível aceitação ou rejeição. Nisso, a questão de ser inserido é conquistada através da comunicação e do próprio convívio com o povo da região. Notei que essa questão é relativamente interligada ao tempo e a simpatia pelas conversas informais, conquistando assim o que chamamos de empatia e amizade.
Concluo que Evans Pritchard, mostrou o caminho de como iniciar o estudo antropológico através de perspectivas simples; como exemplo: “o que, como e quando”. Sendo assim, a Ilha dos Valadares, nos motivou a uma nova reflexão sobre como olhar o cotidiano, onde as identidades, valores, e crenças – é a história de cada uma dessas pessoas, que constituem a sua etnografia caiçara.

terça-feira, 29 de março de 2011

Impressões sobre o Banho a Fantasia

Por Vinicius Prado

Ao descer a ladeira da rua XV de Novembro e ver a grande concentração em torno da Praça do Guincho, a sensação de estar adentrando ao universo das grandes festas populares é inevitavel, podemos perceber toda a diversidade e complexidade de uma manifestação popular.

Sobre tudo, o que marca desde o primeiro momento quem chega ao banho, é a certeza de estar adentrando a uma manifestação popular altamente democrática, sobre todos os aspectos.

Podemos notar uma pluralidade musical tamanha, onde os sucessos do último verão convivem lado a lado com as velhas marchinhas de carnaval, separados apenas por alguns metros entra os carros de som.

Observamos também blocos extremamente organizados com seus uniformes padronizados, convivendo com cidadãos que aprontaram suas fantasias de última hora improvisando o que havia no guarda-roupas, se divertindo lado a lado.

Durante o Banho pode-se ver ainda, pessoas de todas as faixas etárias se divertindo lado a lado, desde crianças até idosos, além de famílias que vão juntas ao Banho a Fantasia.


Nota-se ainda , que essa participação dos mais novos aparentemente é incentivada pelos mais velhos, provavelmente buscando uma manutenção das manifestações, pois podemos observar a participação de crianças em várias baterias de samba, blocos e demais meios organizados durante o Banho a Fantasia.

O Banho a Fantasia, caracteriza-se também, além de uma manifestação festiva, como um espaço de manifestação pública de anseios e pensamentos, constantemente nos deparamos com manifestações de pensamento politico, religioso, ideológico e satírico, para com temas atuais em discussão na nossa sociedade.

O evento, como todo espaço público, constitui um espaço de disputa de poder, podemos ver a participação direta ou indireta de vários grupos políticos, disputando este espaço que os coloca tão perto do eleitor, onde vincular a imagem de um determinado politico, ou grupo politico ao Banho a Fantasia, é vincular essa imagem a população, e se vincular as manifestações populares.

Por tanto podemos compreender neste breve olhar sobre o Banho a Fantasia, que esta manifestação tão tradicional no litoral do Paraná, constitui um enorme espaço de ampla representatividade das mais variadas formas de expressão da população de Paranaguá e região, e que constitui também um grande espaço de disputa, não só dos grupos políticos, mas como de grupos populares, escolas de samba, etc. Porém sem deixar de manter a sua caracteristica principal de lazer e diversão, congregando famílias inteiras e as mais variadas classes sociais.




segunda-feira, 28 de março de 2011

Ilha dos Valadares – Uma visão nostálgica

por Juliane Neves

Ao adentrar na Ilha, nos bate uma súbita sensação de desligamento do continente e do burburinho da cidade, entre as casas e estabelecimentos comerciais a Paranaguá continental vai se distanciando cada vez mais. A Ilha nos encanta com suas belas paisagens que nos remete a um Brasil que ainda não fora totalmente tocado pela modernidade e agitação dos centros urbanos.

Nas ruas podemos observar a tranquilidade dos moradores, são pedestres, ciclistas, carrinheiros e alguns motoristas, todos desfrutando das vias, que por aqui são conhecidas como carreiros.

Em poucos minutos de caminhada pelos carreiros, uma constatação: a Ilha possui um harmonioso “cheiro” de infância, mas não dessa infância comum as grandes cidades, onde as “brincadeiras” são o computador, o vídeo game e demais derivados da sociedade moderna. Mas sim, de uma infância onde somente cabe a criança ser uma criança: correr, sujar-se, fazer arte, soltar pipa, jogar bolinha de gude entre os carreiros como se estes fossem a extensão do quintal de suas casas, e a cada sensação de forte calor um “pulo” até a maré para se refrescar e brincar livremente.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Progresso x Natureza*

por Marco Antonio Sordo Carlim

   Chegando na Ilha dos Valadares muitas coisas chamam a atenção. Ao mesmo tempo sente-se a proximidade e o distanciamento da vida urbana. Ainda próximo a ponte é possível perceber que a urbanização vem chegando sem pedir licença.  

  O trânsito, quando se podia ir somente de bateira (pequena embarcação típica - a remo ou com motor a diesel - de ruído característico) ou a nado ao Valadares, e até mesmo quando a ponte ainda era estreita e nova, era somente de pedestres e bicicletas. Agora ganhou o movimento frenético das motos e dos carros, não em toda sua extensão, pois em grande parte a pavimentação ainda não chegou impermeabilizando as vias estreitas e improvisadas.

Via parcialmente pavimentada. Poste na via. Ausência de calçada para pedestres.

Vias sem pavimentação. Resíduos plásticos se misturam com a paisagem.
  
     Junto com o alargamento da ponte vieram, além de itens positivos para a Ilha dos Valadares como o aumento do turismo cultural e gastronômico, itens negativos, como por exemplo o "crack", que tem colaborado para o aumento da violência, fazendo com que muros se levantem onde antes não se faziam necessários.

Muros.

  A insegurança que chega substituindo a tranquilidade de um passado não muito distante.

    Porém, um outro problema que vem "silenciosamente" tomando conta da Ilha é o grande número de resíduos, principalmente de plásticos (restos de sacolas, garrafas pet, embalagens em geral, partes de brinquedos, utensílios e eletrodomésticos estragados) descartados pelas ruas, chegando aos barrancos, aos rios e aos manguezais poluindo a visão, o ambiente e a paisagem, deixando triste quem admira a cultura, a história e a riqueza natural desta região.

Muitos resíduos plásticos são vistos nos caminhos.

Resíduos em um barranco ao lado do rio.

*em referência tanto a natureza como meio ambiente quanto a natureza humana.