por Marco Antonio Sordo Carlim
Chegando na Ilha dos Valadares muitas coisas chamam a atenção. Ao mesmo tempo sente-se a proximidade e o distanciamento da vida urbana. Ainda próximo a ponte é possível perceber que a urbanização vem chegando sem pedir licença.
O trânsito, quando se podia ir somente de bateira (pequena embarcação típica - a remo ou com motor a diesel - de ruído característico) ou a nado ao Valadares, e até mesmo quando a ponte ainda era estreita e nova, era somente de pedestres e bicicletas. Agora ganhou o movimento frenético das motos e dos carros, não em toda sua extensão, pois em grande parte a pavimentação ainda não chegou impermeabilizando as vias estreitas e improvisadas.
Via parcialmente pavimentada. Poste na via. Ausência de calçada para pedestres. |
Vias sem pavimentação. Resíduos plásticos se misturam com a paisagem. |
Junto com o alargamento da ponte vieram, além de itens positivos para a Ilha dos Valadares como o aumento do turismo cultural e gastronômico, itens negativos, como por exemplo o "crack", que tem colaborado para o aumento da violência, fazendo com que muros se levantem onde antes não se faziam necessários.
Muros. |
A insegurança que chega substituindo a tranquilidade de um passado não muito distante. |
Porém, um outro problema que vem "silenciosamente" tomando conta da Ilha é o grande número de resíduos, principalmente de plásticos (restos de sacolas, garrafas pet, embalagens em geral, partes de brinquedos, utensílios e eletrodomésticos estragados) descartados pelas ruas, chegando aos barrancos, aos rios e aos manguezais poluindo a visão, o ambiente e a paisagem, deixando triste quem admira a cultura, a história e a riqueza natural desta região.
Muitos resíduos plásticos são vistos nos caminhos. |
Resíduos em um barranco ao lado do rio. |
*em referência tanto a natureza como meio ambiente quanto a natureza humana.
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